terça-feira, 2 de setembro de 2008

Retorno...

Talvez a pior experiência estudantil que tive até hoje foi o desgraçado do cursinho.
Sai do colégio e fui fazer cursinho, no mais popular da cidade, onde se encontravam todos os meus amigos. Comecei as aulas no turno da noite e acabei sem entrar em sala de aula, no terraço todas as manhãs comendo Bono de chocolate e coca-cola.
A última coisa que eu esperava era passar no tão apavorante... vestibular! Apavorante?! Nas poucas aulas que eu assistia sempre ouvia os professores falando que deviamos respeitar a prova, e estudar muito, fazendo de uma simples prova um mosntro gigantesco. Porém nunca fui de estudar muito, e muito menos de respeitar uma prova. Na verdade ela é que tinha que me respeitar, até porque sou da turma que crê que o vestibular é 70% emocional, 25% estudo e 5% de sorte. Encarei aqueles dias de viagem a Rio Grande na maior paz, e acabei passando, passando em uma universidade federal. Ia poder realizar meu sonho de fazer engenharia civil na FURG!!!
Mas o sonho durou pouco... as aulas de cálculo, física, ALGA, química, foram me botando a par da realidade do que era a faculdade e me fizeram pensar se o que eu realmente queria para minha vida era ser engenheiro... e eu descobri que não era. Passados 2 anos, muitos exames e algumas reprovações acabei por abandonar a faculdade.
Decidi então que iria fazer Programação Visual, e mais uma evz fui estudar para um prova concorrida que é a do CEFET, porém dessa vez optei por um cursinho de custo baixo, já que minha experiência passada me deixou com a impressão de que cursinho não valia nada. E mais uma vez, o mesmo filme, pouca aula, quase nenhum estudo, a aprovação na prova, e a descoberta de que eu não tinha o dom necessário para aquilo.
Mais uma vez larguei uma escola federal, um local disputado por muitos e conseguido por poucos.
Decidi então que jamais retornaria a uma sala de cursinho, pois sempre creditei minhas aprovações nas provas ao que aprendi no colégio, e não aos cursinhos que nunca me mostraram nada. Cheguei a conclusão que um bom estudo em casa faz com que qualquer cursinho torne-se uma porcaria.
A vdia passou, e consegui um ótimo emprego, ainda que sem diploma nenhum, além do segundo grau. E isso me faz pensar até que ponto um diploma se faz tão necessário? Qual o valor do diploma?
O titulo do post é "Retorno", e tem esse nome porque acabei tendo que retornar. Retornei a velha sala do cursinho, os livros com material reduzido, os professores piadistas (que cansam em duas aulas), e a novidade para mim nisso tudo que é a falta de tempo para descansar em função do trabalho diario e o cursinho a noite. Retornei porque descobri que 4 anos sem estudar faz com que a cabeça esqueça de muitas coisas, muito mais do que eu já não lembrava quando sai do colégio.
E o "Retorno" é interessante, pois a maturidade adquirida com o passar dos tempos me faz querer assistir todas as aulas e estudar. Se vou conseguir só o tempo vai mostrar, mas pelo menos estou disposto a isso tudo. Até a aula de história foi interessante nesse primeiro dia! :D
Porém o mais curioso é o fato de eu estar mais preocupado com a prova do que nos outros anos, e isso é curioso pois o meu foco é uma universidade particular, onde "todo mundo entra". Mas essa imagem de todo mundo entra vai até aonde? Será ela real?
Crio que essa máxima seja valida até eu rodar. Se eu pegr a lista e meu nome não estiver lá? nem na 2ª ou 3ª chamada? Onde está o todo mundo entra?! É pra evitar essa descoberta que tive que retornar.
Qual a importância do diploma? Pra que diploma? Também não sei... as vezes penso que é só pra ter um papel na parede, as vezes penso que pode fazer toda diferença na minha vida... mas pra que serve ao certo não sei...
Só sei que é por causa do diploma que eu retornei...