terça-feira, 1 de junho de 2010

TecnoPUC

Depois de 3 dias de muito sol a quinta-feira amanheceu cinza e chuvosa. Uma garôa fina fazia com que o dia se tornasse propício a ficar em casa. Porém nada tirava dele a disposição de sair da cama e encarar a rua. Pegou a mochila, trocou o notebook pelo pandeira, abraçou a cubana, colocou a carteira no bolso e partiu para a faculdade. Mas aquele não era um dia como qualquer outro, a começar pelo que levava para a faculdade. Nada de pendrive ou notebook, nada de aula, de estágio ou reuniões. No lugar do material estavam os instrumentos, no lugar dos laboratórios o ônibus e no lugar das aulas e reuniões a viagem!
Quando estava a caminho da faculdade o celular tocou, do outro lado uma voz perguntava: "Onde é que tu anda mini?", a resposta foi imediata, "To no bus, indo pra faculdade careca fdp!". Assim que desligou conferiu a agenda e ligou pra todos aqueles que tinham prometido ir na viagem. Não queria que ninguém perdesse o bus, pois o dia prometia! Mesmo com aquela cara amarrada de chuva. Chegou na faculdade e encontrou Careca e Douglas, junto com alguns veteranos. Ao poucos foram chegando os outros e a turma foi se formando. Quando o ônibus ligou o motor estavam quase todos lá dentro, faltava apenas o craque da camisa 10, Giovanni, que foi o último a embarcar. A parceria estava fechada e a viagem ia começar... ia... ia... ia... ficou quase 1h indo até resolverem-se os problemas de 3 pessoas que não haviam sido inscritas pelo professor bagunçador organizador. Felizmente houve uma troca e o professor que nos acompanharia até a TecnoPUC era o mesmo que há poucas semanas tinha ido pro JG com a gente. Isso garantia a "tranquilidade" e a festa no bus.
Assim que o ônibus andou os primeiros metros a festa começou. Os instrumentos começaram a fazer barulho e as vozes desafinadas, porém animadas, começaram a embalar a viagem. Era visível no ar um descontentamento vindo da metade da frente do ônibus, lugar ocupado pelos nerds veteranos. Porém da metade pra trás a festa estava formada e até aqueles que em 3 semestres nunca haviam se misturado não resistiram e cederam ao som da Banda Bacanal! O pagode estava formado, depois virou forró e chegou a virar pancadão... porém uma hora uma voz gritou... pediu pra parar... parou!




e quando parecia que a festa ia acabar uma outra voz respondeu... tinuaaaar... tinuoooou! E o pagode voltou a rolar! Foram 3 horas de festa e zueira, onde quem queria dormir se deu mal, pois a alegria da turma era repassada aos instrumentos que transformavam tudo em som, muitas vezes sem ritmo e desencontrado, mas que deixava clara a amizade e a parceria que se encontrava naquele fundo de ônibus. Na parada pro almoço, ao passar pelo corredor, viu um livro sobre um dos bancos, leu o nome - Proteção Contra Hackers, e por algumas frações de segundo se perguntou se estava mesmo no curso certo. Desceu do ônibus junto com a turma mas, enquanto uns afundavam o buffet da churrascaria, preferiu economizar, pois a grana era curta e não sentia fome naquele momento. Ficou do lado de fora do restaurante trocando uma idéia com o Mirok e observando o movimento da estrada. Pode ver ali uma amizade nova que aos pouco vai se solidificando, assim como a amizade com aqueles que enchiam suas barrigas com seus pratos fartos. Assim que acabou o tempo de almoço retornaram ao ônibus e o pagode voltou a rolar, até a chegada na tal TecnoPUC.
Chegando lá desceram do ônibus ansiosos pela tal visita, afinal lá estavam grandes empresas como HP e Dell. Foram encaminhados até uma sala onde havia um projetor e um telão com uma apresentação sobre a TecnoPUC. Foi então que a confusão feita pelo outro professor, que ficou em Pelotas, tomou forma. Não haveria visita as empresas, a grande visita a TecnoPUC se resumiu a uma palestra de 20min e uma caminhada pela área externa. Sem entrar em nada... só vendo as fachadas. Porra... que puta falta de sacanagem. Pra completar o desastre, o professor que guiava o grupo tinha ordens de não ir a mais nenhum lugar que não fosse a TecnoPUC, ou seja, sairam de Pelotas para ficar 1h em Porto Alegre e voltar. Mas, felizes os jovens que tem coragem para quebrar as regras! Assim que o professor se deu conta da situação esqueceu a ordem dada e aceitou a sugestão de ir até o shopping (passei típico de quem sai do interior e vai até a capital). Fomos para o shopping, a desculpa era que precisavam comer alguma coisa. Chegaram direto na praça de alimentação. Naquela hora a fome já consumia a todos e praticamente ninguém resistiu a tentação dos fast-foods. Ele lembrou da mulher de cabelos crespos do ônibus e mandou uma mensagem contando o que estava fazendo. A resposta garantiu alguns segundos de risadas e um grande sorriso no rosto. Aproveitou pra fazer uma diferente, fugiu do McDonalds e caiu no Burger King, levou junto mais de metade da turma que buscava alguma coisa que não tivesse em Pelotas. Valeu a pena, todos saciados foram até o super comprar os combustíveis para o retorno. Ele foi em busca de uma Ice gelada, não encontrou e preferiu não comprar a quente. Esperou os outros pegarem suas vodkas e energéticos. Na fila do caixa encontrou uma conhecida de Pelotas, ficou de conversa e isso fez aquele tempinho de espera passar rápido. Então foram direto pro bus pois o tempo de passeio havia se esgotado.
Ah... a volta! Se na ida o que dominou foi o pagode, na volta o que dominou foi a zoação. Embalados pela batida dos instrumentos e pelos drinks recomeçaram as músicas. Algumas já se repetindo, outras tendo a letra trocada para poder ficar mais de acordo com o momento. Todos brincavam, cantavam, riam e curtiam aquele momento. Até mesmo o professor fazia parte das brincadeiras. Ninguém se escapou das rimas. Nem as namoradas, ex-namoradas, irmãs, vó, ninguém... todo mundo ganhou uma rima de presente. A cada nova rima novas gargalhadas. Sobrou até mesmo para a metade da frente do ônibus. No meio de toda a brincadeira ele pensava o quão surpreendente era aquele momento. Parecia inacreditável ver Emanuel brincando com Patrick, Miloca folgando no Mirok, Giovanni folgando no Pedro,  Ele tirando o Élcio, Dudu zoando Careca, Quinho sacaneando Mirok, Johny defendendo Élcio e o Daniel perdendo tudo isso pois bebeu demais de novo! As rimas ditaram o ritmo da volta e não pararam nem mesmo quando todos desceram no Grill.
Na chega em Pelotas, aos poucos foram se despedindo, o grupo foi sendo desfeito em partes, com vários descendo no meio do caminho. Ele foi um dos primeiros a descer. Quando se despediu dos que ficavam viu que valeu a pena sair de casa naquele dia cinzento e teve a certeza de que aquela parceria tinha tudo pra firmar e fortalecer. Se isso realmente vai acontecer... só o tempo pode dizer!!!





TOP Tinuaaar... tinuoooou!

1. "Gatinha se gosta mais de PHP ou C++... por mim tanto faz... porque eu programo demais, demais!!!"
2. "Tira a calça jeans, põe o jeans dental, menina você... só usa jeans?!"
3. "Tu não sabe o que bacanal, o novinha vou falar pra tu, bacanal é uma banda que toca Patrick, Careca, Pedrinho e Dudu!"
4. "Se quer uma carona vamos de Corcel... ai ai ai ai ai..."
5. "Se me conheceu assim, pra que mudar..." hahahahaha




Em tempo...
A amizade...
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade...
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo
Fundo de Quintal - A amizade