terça-feira, 26 de agosto de 2008

Quando não se tem pra onde correr...

Há 8 anos atrás encontrei um Grupo Jovem onde achei que ficaria para o resto da vida, e naquela época jamais poderia imaginar que aquele grupo tinha "vida útil" limitada para mim, que uma hora eu seria velho para aquelas reuniões que muito me ajudavam e faziam parte da minha formação como pessoa. Achava que poderia seguir abastecendo-me pro resto da vida ali, naquela sala da qual me lembro tão bem, e tenho grande prazer cada vez que retorno lá. A escada barulhenta, o corredor escuro, o chão de madeira, as janelas das quais é possível observar a Igreja e o pátio da escola, sem contar o pôr do sol, muitas vezes admirado equanto alguém se esforçava em levar minha fé adiante, os armários e a grande mesa onde amontuavam-se bolsas, violões, mochilas... tudo é muito nítido em minha cabeça.
O tempo passou, outros grupos freqüentei e outras salas conheci. Sentei nos mais variados sofás, bancos, cadeiras e poltronas, mas nenhuma me acolia como aquelas cadeiras de ferro que eu encontrava na "minha" sala.
Quantos momentos de kayrós presenciei lá dentro? Quantas vezes vi Deus se manifestar pra mim e para as centenas de pessoas que conheci nesses anos? Não faço idéia, talvez cada sábado era um novo kayrós, a cada reunião, a cada abraço, cada sorriso, cada amigo feito lá dentro era manifestação de Deus em minha vida. Alguns marcaram mais, outros talvez eu passe na rua e nem lembre, mas com certeza, naqueles momentos na "sala do grupo" todos tiveram sua imprtância.
Porém o chronos não para e a idade chega. Prorroguei o quanto deu, mas chegou uma hora que não dava mais, precisava abandonar a salinha, buscar novos desafios. Doeu perceber que minha vida de fé não podia se manter ficando apenas na salinha, eu precisava de novos desafios e de alguma outra maneira de levar minha fé a diante, sem contar a necessidade de abrir espaço para que outras pessoas pudessem vivenciar as experiências que eu tive na salinha.
Mas e então? Prá onde ir? Queria correr mas não sabia pra onde...
Justo eu que já havia vivenciado tantos retiros, movimentos, equipes e nunca encontrara nada como a minha salinha, o que fazer agora? Como trabalhar para a vinda do Reino de Deus sem ter um grupo com o qual dividir minhas experiências?
Surgem então o ART! Kayros em minha vida!!!
Talvez uma das experiências mais fortes que eu já tenha tido em minha curta vida como apóstolo fiel e batalhador desta Santa Igreja....
mas essa história eu conto outro dia..........................


"Minha paixão é... fazer tuas obras conhecidas, e ver o fruto do teu suor, de tudo que o teu sangue comprou..."